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#139 República de Ideias - O que é a universidade brasileira hoje? #38

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Na mesa temos Paulo Henrique Martins, André Magnelli, Bia Martins e Lucas Faial Soneghet. No primeiro bloco, conversamos sobre a universidade brasileira. Universidades têm uma longa história, com raízes nos espaços de ensino no medievo europeu e no Oriente Médio que incluíam matemática, lógica, retórica e teologia, dentre outras disciplinas. Com o passar dos séculos, a separação entre Igreja e Estado e um longo processo de secularização fizeram nascer espaços de conhecimentos “universais”, onde vários saberes se articulavam sem a separação disciplinar conhecida por nós hoje. O objetivo, intuído pela palavra latina “universitas”, era justamente o intercâmbio de vários saberes. Com o tempo, a universidade acumulou diversas outras funções e tomou outros modelos.

As universidades passaram a simbolizar a demarcação de funções de docência, pesquisa e ensino em novas formas de divisão do trabalho em sociedade. A princípio, seu acesso era de fato restrito a pequenos grupos, principalmente habitantes dos burgos, membros de classes comerciantes ou de corporações de ofício, além de membros de organizações religiosas. Quando vinculadas ao Estado, assumiram papel também de capacitação de profissionais para postos de trabalho cada vez mais especializados e complexos. A tensão entre sua vocação mais “humanista” e “universal” e sua vocação mais “profissional” e de “capacitação” permanece no interior das universidades. Além desse duplo papel, a universidade pública assumiu outras funções ao longo do tempo: fornece moradia, alimentação, cuidado infantil, assistência, são locais de inovação científica e tecnológica, meio de mobilidade social, entre outros.

No Brasil, surge como importação de um modelo europeu e, posteriormente, como imitação de um modelo norte-americano. Com o tempo, estabelece-se no cenário público como signo de prestígio, caminho de ascensão social e mecanismo de formação de elites dirigentes, dentre outros. E hoje? Como anda a universidade pública brasileira? Diz-se por aí que ela não anda bem. Seus críticos e seus problemas são muitos e variados, todavia, parecem se desdobrar em faces opostas: sofrem com pouco investimento ou geram muito gasto, baixa qualidade do ensino ou ensino elitizado e inacessível, falta ou excesso de posicionamento político, dificuldade de acesso ou acesso demasiado irrestrito. A divisão pode ser lida como uma entre esquerda e direita, mas será que ela vai além? Haveria um denominador comum? Seria essa multiplicidade de problemas e críticas um sinal que a universidade não dá conta de suas funções? Teríamos que repensar seus propósitos ou até mesmo seus meios de funcionar?

No segundo bloco, conversamos sobre as eleições municipais de 2024.

Tópicos discutidos: Universidade pública; Academia; Ensino Superior; Eleições municipais.

Vamos conversar?

No Youtube: https://youtu.be/wiERC9Jwwqg

No Spotify:

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As universidades passaram a simbolizar a demarcação de funções de docência, pesquisa e ensino em novas formas de divisão do trabalho em sociedade. A princípio, seu acesso era de fato restrito a pequenos grupos, principalmente habitantes dos burgos, membros de classes comerciantes ou de corporações de ofício, além de membros de organizações religiosas. Quando vinculadas ao Estado, assumiram papel também de capacitação de profissionais para postos de trabalho cada vez mais especializados e complexos. A tensão entre sua vocação mais “humanista” e “universal” e sua vocação mais “profissional” e de “capacitação” permanece no interior das universidades. Além desse duplo papel, a universidade pública assumiu outras funções ao longo do tempo: fornece moradia, alimentação, cuidado infantil, assistência, são locais de inovação científica e tecnológica, meio de mobilidade social, entre outros.

No Brasil, surge como importação de um modelo europeu e, posteriormente, como imitação de um modelo norte-americano. Com o tempo, estabelece-se no cenário público como signo de prestígio, caminho de ascensão social e mecanismo de formação de elites dirigentes, dentre outros. E hoje? Como anda a universidade pública brasileira? Diz-se por aí que ela não anda bem. Seus críticos e seus problemas são muitos e variados, todavia, parecem se desdobrar em faces opostas: sofrem com pouco investimento ou geram muito gasto, baixa qualidade do ensino ou ensino elitizado e inacessível, falta ou excesso de posicionamento político, dificuldade de acesso ou acesso demasiado irrestrito. A divisão pode ser lida como uma entre esquerda e direita, mas será que ela vai além? Haveria um denominador comum? Seria essa multiplicidade de problemas e críticas um sinal que a universidade não dá conta de suas funções? Teríamos que repensar seus propósitos ou até mesmo seus meios de funcionar?

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