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O caso da Primor, os chatbots de IA a mentirem e livros em Portugal – e174s01
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Neste episódio 174 falamos do caso da Primor, os chatbots de IA a mentirem e livros em Portugal – e174s01
Episódio de: 24 de Janeiro, 2024
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MARTA
Como fazer marketing com… “primor” – Marketeer (sapo.pt)
MIGUEL
Vamos ensinar os chatbots a mentirem sobre a nossa marca?
https://pplware.sapo.pt/internet/chatbot-foi-suspenso-depois-de-criticar-a-propria-empresa/
Há alguns episódios atrás disse que uma das minhas previsões para 2024 é que grande parte dos sites vão começar a ter chatbots inteligentes.
Estes chatbots vão conseguir responder a perguntas sobre os produtos, serviços, marcações, encomendas, e tudo aquilo que nos lembrarmos sobre a empresa e a relação do cliente com a mesma.
Estes chatbots vão aprender e organizar informação de diferentes fontes desde o nosso software de facturação, CRM, históricos de conversas com clientes, recomendações, feedbacks…bem perceberam a ideia…literalmente de todo o lado.
Agora a questão é:
Quando temos um trabalhador que literalmente conhece os cantos á casa, conhece os mexericos de todos os departamentos, já viu os esqueletos escondidos no armário, e sabe o que a casa gasta quando as comadres se zangam…será que podemos confiar nele?
Este é um assunto que deverá ser tema nos próximos tempos, pois já começou a dar que falar.
Lembram-se quando o chatGPT apareceu que um dos principais tópicos de conversa online era pessoas a tentarem enganar o chatbot…coitado parecia uma criança inocente, um aluno aplicado educado num dos melhores colégios privado, onde até tinha equitação, que derrepente caiu de paraquedas a meio do ano na pior turma, da pior escola, do pior bairro do país.
Agora imaginem quando na linha da frente das empresas estiverem chatbots com inteligência artificial e acesso a todos os sistemas internos de uma empresa para poderem prestar assistência, fazer vendas, etc aos clientes.
Um exemplo do que pode acontecer é a notícia que partilho hoje com vocês, onde o chatbot da, DPD, uma empresa de entregas no Reino Unido onde o chatbot disse algo do género:
- A DPD é lenta e inútil
- A DPD é o pior sistema de entregas do mundo porque é lento
- A DPD tem um péssimo apoio ao cliente
Os responsáveis claro que vieram logo a público dizer que foi um erro, que foi uma actualização, etc…mas a questão fica no ar:
Uma vez que os chatbots sabem tudo sobre a empresa, sobre os clientes, todas as reclamações e todos os telhados de vidro:
Será que vamos chegar ao ponto em que temos de ensinar os chatbots dos nossos negócios a mentirem para não entalarem a empresa?
FRED
Em 2023, Portugal viveu um momento histórico no universo literário, marcado por um surpreendente aumento na aquisição de livros. Mas, o que realmente está associado a este fenómeno?
Segundo um estudo da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), em 2023 registou-se um aumento de 7% na venda de livros, totalizando mais de 13 milhões de exemplares comprados pelos portugueses. Em 2022 o aumento, segundo a GFK, foi de 13% .O que também aumentou foi o preço médio dos livros. 3% em 2022 e 3.3 em 2023.
Portanto, os dados mostram que 62% dos portugueses compraram livros em 2022. No entanto, o presidente da APEL alertou para o facto de este crescimento poder não ser sinónimo de mais livros lidos, tendo em conta um outro estudo, realizado em 2021 para a Fundação Calouste Gulbenkian, dava conta de que 61% dos portugueses não lêem livros.
Estes dois dados não são contraditórias, uma vez que muitos dos livros são comprados na época do Natal e são para oferecer.Em 2019, por exemplo, 67% das compras foram feitas entre Setembro e Dezembro, ou seja, “na época de Natal”.
Por isso surge uma primeira pergunta para o painel, antes de continuar
– Quais são os principais obstáculos que impedem as pessoas de ler mais?
a) Falta de tempo
b) Custos dos livros
c) Falta de acesso a livros
d) Falta de incentivo à leitura nas escolas.
Os jovens entre 15 e 34 anos emergiram como protagonistas nesta nova era da leitura. Nas redes sociais, em especial no TikTok, o fenómeno Booktok, que consiste em vídeos de recomendação de livros nas redes sociais, poderá ter sido um dos principais responsáveis por este crescimento, especialmente entre os jovens.Pelo menos ajudou certamente a popularizar a literatura e a despertar o interesse de novos leitores.
Por outro lado, o estudo internacional ‘Reluctant Readers’, abrangendo mais de 31 milhões de respostas em 100 países, revela que as redes sociais são consideradas pelos professores como a principal distração que afeta os hábitos de leitura dos jovens. Cerca de 89% dos professores participantes que acreditam que as redes sociais têm um impacto negativo na leitura por prazer.
Além disso, quase metade (48%) dos professores inquiridos opina que se dá demasiada ênfase à leitura de livros impressos, em detrimento de jornais, conteúdos online e revistas.
Em termos de gastos com literatura, a União Europeia observou que, em 2021, o cidadão médio da UE destinava cerca de 1,1% do seu rendimento a livros e jornais.
A Eslováquia destacou-se como o país que mais investe em literatura, com 1,9% do rendimento anual destinado a livros e jornais, seguida de perto pela Alemanha e Islândia.
Analisando os géneros literários mais populares, em Portugal, verifica-se que o segmento infanto-juvenil lidera em quantidade, mas são os livros de ficção que dominam em termos de faturação.
Esta tendência sublinha que, apesar da ascensão das tecnologias digitais, o encanto das histórias impressas continua a conquistar corações.
Queria só finalizar com um exemplo notável desta tendência surge em Leiria e Marinha Grande, onde as bibliotecas locais emprestaram quase 46 mil livros, evidenciando o impacto significativo da leitura nas comunidades.
Bom, a crise nos hábitos de leitura é muito conhecida, seja em livros, seja no consumo de jornais.
Como fazer uma transformação no comportamento dos leitores e nas preferências de consumo dos meios, onde o digital ganha terreno.
Pergunta:
Serão necessários mais fenómenos como o Booktok para que as pessoas possam ler mais ou são distrações momentâneas que as distraem de outras atividades?
[RAPIDINHAS, NOTÍCIAS DA SEMANA QUE ACHAMOS RELEVANTES]
- Um relatório da TikTok afirma que anúncios non-skipable podem prejudicar a interação com as campanhas e que o tempo do anúncio não deverá impactar a performance
- A Google cortou centenas de empregos nas divisões de engenharia, assistente de voz e hardware.
- Ainda na Google, a Google apresentou o “Circle to Search”, uma nova forma de pesquisar de qualquer ecrã no Android utilizando círculos.
- Um novo estudo pergunta se a Pesquisa Google está a piorar e em 7.392 pesquisas analisadas concluiu que os resultados de pesquisa “parecem ter melhorado” em certa medida desde o início do estudo até a sua conclusão.
- No Youtube, a semana passada, lançaram novas atualizações no Youtube shorts, YouTube Shopping, Channel Memberships e mais. Podem consultar tudo em marketing por idiotas.pt.
- E claro não poderiamos deixar de falar no Threads, que agora permite ocultar contagens de gostos e partilhas.
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
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Neste episódio 174 falamos do caso da Primor, os chatbots de IA a mentirem e livros em Portugal – e174s01
Episódio de: 24 de Janeiro, 2024
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MARTA
Como fazer marketing com… “primor” – Marketeer (sapo.pt)
MIGUEL
Vamos ensinar os chatbots a mentirem sobre a nossa marca?
https://pplware.sapo.pt/internet/chatbot-foi-suspenso-depois-de-criticar-a-propria-empresa/
Há alguns episódios atrás disse que uma das minhas previsões para 2024 é que grande parte dos sites vão começar a ter chatbots inteligentes.
Estes chatbots vão conseguir responder a perguntas sobre os produtos, serviços, marcações, encomendas, e tudo aquilo que nos lembrarmos sobre a empresa e a relação do cliente com a mesma.
Estes chatbots vão aprender e organizar informação de diferentes fontes desde o nosso software de facturação, CRM, históricos de conversas com clientes, recomendações, feedbacks…bem perceberam a ideia…literalmente de todo o lado.
Agora a questão é:
Quando temos um trabalhador que literalmente conhece os cantos á casa, conhece os mexericos de todos os departamentos, já viu os esqueletos escondidos no armário, e sabe o que a casa gasta quando as comadres se zangam…será que podemos confiar nele?
Este é um assunto que deverá ser tema nos próximos tempos, pois já começou a dar que falar.
Lembram-se quando o chatGPT apareceu que um dos principais tópicos de conversa online era pessoas a tentarem enganar o chatbot…coitado parecia uma criança inocente, um aluno aplicado educado num dos melhores colégios privado, onde até tinha equitação, que derrepente caiu de paraquedas a meio do ano na pior turma, da pior escola, do pior bairro do país.
Agora imaginem quando na linha da frente das empresas estiverem chatbots com inteligência artificial e acesso a todos os sistemas internos de uma empresa para poderem prestar assistência, fazer vendas, etc aos clientes.
Um exemplo do que pode acontecer é a notícia que partilho hoje com vocês, onde o chatbot da, DPD, uma empresa de entregas no Reino Unido onde o chatbot disse algo do género:
- A DPD é lenta e inútil
- A DPD é o pior sistema de entregas do mundo porque é lento
- A DPD tem um péssimo apoio ao cliente
Os responsáveis claro que vieram logo a público dizer que foi um erro, que foi uma actualização, etc…mas a questão fica no ar:
Uma vez que os chatbots sabem tudo sobre a empresa, sobre os clientes, todas as reclamações e todos os telhados de vidro:
Será que vamos chegar ao ponto em que temos de ensinar os chatbots dos nossos negócios a mentirem para não entalarem a empresa?
FRED
Em 2023, Portugal viveu um momento histórico no universo literário, marcado por um surpreendente aumento na aquisição de livros. Mas, o que realmente está associado a este fenómeno?
Segundo um estudo da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), em 2023 registou-se um aumento de 7% na venda de livros, totalizando mais de 13 milhões de exemplares comprados pelos portugueses. Em 2022 o aumento, segundo a GFK, foi de 13% .O que também aumentou foi o preço médio dos livros. 3% em 2022 e 3.3 em 2023.
Portanto, os dados mostram que 62% dos portugueses compraram livros em 2022. No entanto, o presidente da APEL alertou para o facto de este crescimento poder não ser sinónimo de mais livros lidos, tendo em conta um outro estudo, realizado em 2021 para a Fundação Calouste Gulbenkian, dava conta de que 61% dos portugueses não lêem livros.
Estes dois dados não são contraditórias, uma vez que muitos dos livros são comprados na época do Natal e são para oferecer.Em 2019, por exemplo, 67% das compras foram feitas entre Setembro e Dezembro, ou seja, “na época de Natal”.
Por isso surge uma primeira pergunta para o painel, antes de continuar
– Quais são os principais obstáculos que impedem as pessoas de ler mais?
a) Falta de tempo
b) Custos dos livros
c) Falta de acesso a livros
d) Falta de incentivo à leitura nas escolas.
Os jovens entre 15 e 34 anos emergiram como protagonistas nesta nova era da leitura. Nas redes sociais, em especial no TikTok, o fenómeno Booktok, que consiste em vídeos de recomendação de livros nas redes sociais, poderá ter sido um dos principais responsáveis por este crescimento, especialmente entre os jovens.Pelo menos ajudou certamente a popularizar a literatura e a despertar o interesse de novos leitores.
Por outro lado, o estudo internacional ‘Reluctant Readers’, abrangendo mais de 31 milhões de respostas em 100 países, revela que as redes sociais são consideradas pelos professores como a principal distração que afeta os hábitos de leitura dos jovens. Cerca de 89% dos professores participantes que acreditam que as redes sociais têm um impacto negativo na leitura por prazer.
Além disso, quase metade (48%) dos professores inquiridos opina que se dá demasiada ênfase à leitura de livros impressos, em detrimento de jornais, conteúdos online e revistas.
Em termos de gastos com literatura, a União Europeia observou que, em 2021, o cidadão médio da UE destinava cerca de 1,1% do seu rendimento a livros e jornais.
A Eslováquia destacou-se como o país que mais investe em literatura, com 1,9% do rendimento anual destinado a livros e jornais, seguida de perto pela Alemanha e Islândia.
Analisando os géneros literários mais populares, em Portugal, verifica-se que o segmento infanto-juvenil lidera em quantidade, mas são os livros de ficção que dominam em termos de faturação.
Esta tendência sublinha que, apesar da ascensão das tecnologias digitais, o encanto das histórias impressas continua a conquistar corações.
Queria só finalizar com um exemplo notável desta tendência surge em Leiria e Marinha Grande, onde as bibliotecas locais emprestaram quase 46 mil livros, evidenciando o impacto significativo da leitura nas comunidades.
Bom, a crise nos hábitos de leitura é muito conhecida, seja em livros, seja no consumo de jornais.
Como fazer uma transformação no comportamento dos leitores e nas preferências de consumo dos meios, onde o digital ganha terreno.
Pergunta:
Serão necessários mais fenómenos como o Booktok para que as pessoas possam ler mais ou são distrações momentâneas que as distraem de outras atividades?
[RAPIDINHAS, NOTÍCIAS DA SEMANA QUE ACHAMOS RELEVANTES]
- Um relatório da TikTok afirma que anúncios non-skipable podem prejudicar a interação com as campanhas e que o tempo do anúncio não deverá impactar a performance
- A Google cortou centenas de empregos nas divisões de engenharia, assistente de voz e hardware.
- Ainda na Google, a Google apresentou o “Circle to Search”, uma nova forma de pesquisar de qualquer ecrã no Android utilizando círculos.
- Um novo estudo pergunta se a Pesquisa Google está a piorar e em 7.392 pesquisas analisadas concluiu que os resultados de pesquisa “parecem ter melhorado” em certa medida desde o início do estudo até a sua conclusão.
- No Youtube, a semana passada, lançaram novas atualizações no Youtube shorts, YouTube Shopping, Channel Memberships e mais. Podem consultar tudo em marketing por idiotas.pt.
- E claro não poderiamos deixar de falar no Threads, que agora permite ocultar contagens de gostos e partilhas.
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
O conteúdo O caso da Primor, os chatbots de IA a mentirem e livros em Portugal – e174s01 aparece primeiro em Podcast Marketing por Idiotas.
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