Nova Geração # 233 – Saber sem saber como: dupla vista

Nova Geração

LIVRO DOS ESPÍRITOS
LIVRO SEGUNDO
Mundo Espírita ou dos Espíritos
CAPÍTULO VIII – EMANCIPAÇÃO DA ALMA
O sono e os sonhos
Visitas espíritas entre vivos
Transmissão oculta do pensamento
Letargia, catalepsia, morte aparente
Sonambulismo
Êxtase
Dupla vista
Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla vista 

A felicidade não está em viver, mas em saber viver. Não vive mais o que mais vive, mas o que melhor vive. 
M. Gandhi

453. As pessoas dotadas da segunda vista têm sempre consciência disto?

“Nem sempre; isto é para elas uma coisa perfeitamente natural e muitos creem que, se todos observassem a si mesmos, verificariam que são como elas.”

454. Poder-se-ia atribuir a uma espécie de segunda vista a perspicácia de algumas pessoas que, sem nada possuir de extraordinário, julgam as coisas com mais precisão do que outras?

“É sempre a alma que irradia mais livremente e que julga melhor do que sob o véu da matéria.”

a) Esta faculdade pode, em alguns casos, dar a presciência das coisas?

“Sim; ela também dá os pressentimentos, pois há vários graus nesta faculdade, e o mesmo indivíduo pode possuir todos os graus ou apenas alguns deles.”

Mensagem de encerramento

Que o Cristo seja sempre a nossa referência maior.

Meus filhos, o quanto pode o espírito que ama, que quer servir com a
orientação deixada por Allan Kardec que esclarece, que amplia a nossa
compreensão da prática de Jesus de Nazaré. Precisamos, filhos, precisamos
muito ler o Novo Testamento com os olhos, com a percepção que o espiritismo
nos dá. Jesus utilizava-se continuadamente da dupla vista. Ora, quando Ele via
os pensamentos, que era isso? Quando Ele sabia das intenções, que era isso
senão o que Kardec chama dupla vista? Quando ele via ao longe e dizia: “vai lá
e pega aquilo que está naquela cidade”…o que é isso? Ora, não podemos ser
discípulos de um Mestre de tal magnitude e não fazermos um esforço sincero
de vivenciar minimamente o que Ele vivenciou! Precisamos exercitar em nós
todas as faculdades que o Mestre mostra. Não estou dizendo agora: “ah, vai
ser igual ao Cristo”…não, filhos! Mas o que o Cristo mostrou para nós é uma
pequena parte do que Ele é. Mas essa pequena parte é a parte que nós já
temos condição de começar a exercitar. Podemos todos nos esforçar para
fazer num grau mínimo, mas fazer tudo o que Ele fez.
Então não nos esqueçamos: ser Cristão não é um rótulo, é buscar
desenvolver em si tudo que o Cristo nos ensinou! Vamos parar com essa
pasmaceira de dizer que cristão é só ser bonzinho fingido, bonzinho educado.
Porque Cristo não foi isso! Quando precisou falava firme e gritava. Então,
filhos, como ser cristão? Aplicar em si, com sinceridade, tudo, tudo, tudo que
Cristo coloca. Isto é fundamental. Estejamos conscientes que somente aqueles
que fizerem isso merecerão receber da boca do Mestre o título de discípulo.
Que vocês fiquem em paz.