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Episódio 12. Paulista. João Reis dos Santos

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No episódio de hoje, vamos falar sobre o choro Paulista, de João Reis dos Santos

Rio de Janeiro, 29 de julho de 1886 – 02 de setembro de 1950.

João dos Santos foi um violonista de bastante destaque no cenário paulistano das décadas de 1920 e 1930. Sua obra é praticamente desconhecida atualmente e pouco se sabe sobre este músico, cujo nome completo era João Reis dos Santos. Felizmente, diferente da maioria dos violonistas deste período, muitas de suas obras solo sobreviveram em versões manuscritas em diferentes acervos particulares e públicos. Hermínio Bello de Carvalho levantou a hipótese de que João dos Santos fosse paulista:

Bandolim de Ouro, da Rua Uruguaiana, “ponto” dos artistas da época, onde se encontrava facilmente João dos Santos, compositor bastante divulgado por Dilermando. Ao que se sabe era paulista. Além dos Batuques n°1 e 2, conhecem-se também o Paulista, o Alma Brasileira. Gostava de escrever choros com modulações inesperadas para “derrubar” seus companheiros de roda, prática musical da época[1].

[1] CARVALHO, Hermínio Bello de. Mudando de conversa. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 107.

A julgar pelas notícias dos periódicos, ele deve ter residido na capital paulistana entre 1920 e 1936. Publicou um método prático com seu nome completo, João Reis dos Santos. A exemplo dos demais violonistas do período, o repertório de João dos Santos era eclético, composto de obras de sua autoria, danças de salão e músicas de Francisco Tárrega. Recebeu a quinta maior votação como violonista no concurso da Rádio Gazeta (1931), com mais de 30 mil votos, e participou ativamente no certame, organizando programas na mesma emissora para promovê-lo.

Era um compositor inventivo. Embora simples harmonicamente, suas obras exploram o idiomatismo do instrumento, utilizando paralelismo, que é o uso de uma mesma posição de mão esquerda transitando em diferentes casas do violão. No piano, tal progressão seria dificultada pela constante mudança de molde da mão. Este recurso pode ser encontrado abundantemente nas obras de João Pernambuco e Villa-Lobos, mas ainda não era tão frequente no início dos anos 1920. Além disto, a utilização de contracantos típicos do gênero revelam uma técnica composicional sofisticada e moderna. A grande quantidade de violonistas que grafaram as peças de João dos Santos, entre eles, entre eles Ronoel Simões, José Lansac, Vital Medeiros, Atílio Bernardini, Maurício Nogueira, Edmar Fenício e Paulo César Faria (Paulinho da viola), aponta para uma difusão considerável de suas obras entre os pares de diversas gerações e formações.

Além de se apresentar e promover programas em emissoras de rádio, João dos Santos organizava recitais do instrumento, e um deles, no Salão da Sociedade Germânia, chamou atenção pela presença de violonistas de diversas formações e gerações, citados ao longo dos episódios do nosso podcast.

De todas as composições de Santos, Paulista foi a única que recebeu edição, pela Fermata do Brasil (1966), com digitação de Ronoel Simões e nome de Arrufos. Datada de 1925, pode-se ouvir nela os princípios da linguagem que Garoto desenvolveria nas décadas posteriores, e não por acaso. Certamente Garoto, quando ainda era chamado de Moleque do Banjo, conviveu e foi influenciado por João dos Santos. Os dois transitavam no ambiente das rádios, circos, cafés, cinemas e lojas e fábricas de instrumentos paulistanos, trabalhando em diversos conjuntos instrumentais, chamados de Regionais de Choro.

Voice-over: Biancamaria Binazzi
Dramatização dos trechos dos periódicos: Artur Mattar
Vinheta: Sabãozinho, João Avelino de Camargo, arranjo Edmar Fenício. Violão, Flavia Prando.
Música incidental: Carioca, João dos Santos, Flavia Prando, violão.
Concepção, criação, pesquisa e narração: Flavia Prando

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Rio de Janeiro, 29 de julho de 1886 – 02 de setembro de 1950.

João dos Santos foi um violonista de bastante destaque no cenário paulistano das décadas de 1920 e 1930. Sua obra é praticamente desconhecida atualmente e pouco se sabe sobre este músico, cujo nome completo era João Reis dos Santos. Felizmente, diferente da maioria dos violonistas deste período, muitas de suas obras solo sobreviveram em versões manuscritas em diferentes acervos particulares e públicos. Hermínio Bello de Carvalho levantou a hipótese de que João dos Santos fosse paulista:

Bandolim de Ouro, da Rua Uruguaiana, “ponto” dos artistas da época, onde se encontrava facilmente João dos Santos, compositor bastante divulgado por Dilermando. Ao que se sabe era paulista. Além dos Batuques n°1 e 2, conhecem-se também o Paulista, o Alma Brasileira. Gostava de escrever choros com modulações inesperadas para “derrubar” seus companheiros de roda, prática musical da época[1].

[1] CARVALHO, Hermínio Bello de. Mudando de conversa. São Paulo: Martins Fontes, 1986, p. 107.

A julgar pelas notícias dos periódicos, ele deve ter residido na capital paulistana entre 1920 e 1936. Publicou um método prático com seu nome completo, João Reis dos Santos. A exemplo dos demais violonistas do período, o repertório de João dos Santos era eclético, composto de obras de sua autoria, danças de salão e músicas de Francisco Tárrega. Recebeu a quinta maior votação como violonista no concurso da Rádio Gazeta (1931), com mais de 30 mil votos, e participou ativamente no certame, organizando programas na mesma emissora para promovê-lo.

Era um compositor inventivo. Embora simples harmonicamente, suas obras exploram o idiomatismo do instrumento, utilizando paralelismo, que é o uso de uma mesma posição de mão esquerda transitando em diferentes casas do violão. No piano, tal progressão seria dificultada pela constante mudança de molde da mão. Este recurso pode ser encontrado abundantemente nas obras de João Pernambuco e Villa-Lobos, mas ainda não era tão frequente no início dos anos 1920. Além disto, a utilização de contracantos típicos do gênero revelam uma técnica composicional sofisticada e moderna. A grande quantidade de violonistas que grafaram as peças de João dos Santos, entre eles, entre eles Ronoel Simões, José Lansac, Vital Medeiros, Atílio Bernardini, Maurício Nogueira, Edmar Fenício e Paulo César Faria (Paulinho da viola), aponta para uma difusão considerável de suas obras entre os pares de diversas gerações e formações.

Além de se apresentar e promover programas em emissoras de rádio, João dos Santos organizava recitais do instrumento, e um deles, no Salão da Sociedade Germânia, chamou atenção pela presença de violonistas de diversas formações e gerações, citados ao longo dos episódios do nosso podcast.

De todas as composições de Santos, Paulista foi a única que recebeu edição, pela Fermata do Brasil (1966), com digitação de Ronoel Simões e nome de Arrufos. Datada de 1925, pode-se ouvir nela os princípios da linguagem que Garoto desenvolveria nas décadas posteriores, e não por acaso. Certamente Garoto, quando ainda era chamado de Moleque do Banjo, conviveu e foi influenciado por João dos Santos. Os dois transitavam no ambiente das rádios, circos, cafés, cinemas e lojas e fábricas de instrumentos paulistanos, trabalhando em diversos conjuntos instrumentais, chamados de Regionais de Choro.

Voice-over: Biancamaria Binazzi
Dramatização dos trechos dos periódicos: Artur Mattar
Vinheta: Sabãozinho, João Avelino de Camargo, arranjo Edmar Fenício. Violão, Flavia Prando.
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