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Paris 2024: Jane Rodrigues vai representar o Brasil no tiro com arco nos Jogos Paralímpicos

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A participação da atleta brasileira paralímpica de tiro com arco Jane Karla Rodrigues nos Jogos de Paris está confirmada. A arqueira de Goiânia vai representar o Brasil naquele que será o quinto paralímpico de sua carreira.

Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa

Exemplo de resiliência, a paratleta de 48 anos já havia conquistado a vaga para o Brasil no Mundial de Pilsen, na República Tcheca, em 2023, mas estava à espera da confirmação para Paris 2024.

“Segundo as regras colocadas no site da Confederação Paralímpica, eu tenho todas os requisitos necessários para ter a vaga. Eu tenho tudo o que é preciso depois de ter garantido a vaga para o Brasil no mundial em Pilsen, na República Tcheca. Foi um grande sonho, fiquei muito ansiosa, mas agora já estou mais tranquila porque com isso fica confirmado que estarei lá!“, comemora.

Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 serão realizados entre 28 de agosto e 8 de setembro e nesta reta final para o início da competição o treinamento de Jane continua intenso. “O que a gente está programando é participar ainda de competições do ranking mundial paralímpico que tenho pela frente, como na República Tcheca. Espero conseguir participar desta prova e ainda as competições aqui em Portugal, pois tem várias etapas do circuito nacional português. Eu quero tentar conciliar todas. Ainda tem a competição na Espanha que eu gosto muito de participar também”, enumera.

Ajustes e treinos antes de Paris 2024

Pela frente, Jane tem pelo menos cinco provas no calendário e com isso a chance de fazer os ajustes necessários antes de chegar em Paris. “Eu vou participando dessas provas, tentando ver o que pode melhorar e fazer a manutenção de equipamento. Tem muito ajuste fino ainda para ser feito”, explica.

Jane conta com o apoio do marido, Joachim Gogel, que também é o técnico da paratleta. “Ele faz a manutenção no meu equipamento. O que eu sinto que está estranho, ele dá uma olhada e tenta equilibrar. Agora estamos arrumando o arco novo, então tem que fazer o ajuste fino. Estamos fazendo estes ajustes até chegar no ponto, porque cada arco é específico para o atleta, então tem que achar o ponto certo que fica bom para você’, explica.

Nesta jornada paralímpica, Jane Rodrigues também conta com o programa Bolsa Atleta, do Governo Federal, que garante apoio financeiro aos atletas de alto rendimento que não têm patrocínio.

“O Bolsa Atleta faz toda a diferença", avalia. "A gente sabe que o início sempre é muito difícil e o projeto do Bolsa Atleta oferece apoio desde o estudantil até o mais alto nível e isso faz uma grande diferença na vida do atleta. Assim podemos nos dedicar mais ao esporte e temos uma possibilidade de participar das competições sabendo que podemos contar com este apoio”.

Com este auxílio, Jane consegue se dedicar 100% ao esporte. "É um auxílio muito importante, que faz uma diferença muito grande. Eu estou aqui na Europa e estou sempre em contato com outros atletas. Eu vejo a dificuldade que eles têm por não terem esse tipo de suporte. Então eu acho que o Brasil está bem na frente. É muito bacana isso e é um diferencial mesmo para o atleta. Você pode dedicar seu tempo todo ao esporte e não ter que dividir com o trabalho. É claro que no início, às vezes, não é um suporte absoluto, mas você tem condição de ir crescendo e melhorando cada vez mais, melhorando a bolsa e melhorando as possibilidades de competição”, aponta.

Poliomielite: "Nunca imaginei que o esporte faria parte da minha vida"

Aos 3 anos, Jane teve poliomielite, que deixou sequelas nos membros inferiores. “Perdi força e equilíbrio, mas a vida segue. Cresci, tive filhos, mas nunca imaginei a prática de esporte. Enquanto criança, nunca pratiquei atividades de educação física e ficava dentro da sala de aula, pois na época a mentalidade era outra. Nunca imaginei que o esporte faria parte da minha vida", conta.

"Hoje, as coisas mudaram muito com o Comitê Paralímpico e incentivos nas escolas, pois as crianças que têm alguma deficiência já sabem que podem praticar esporte e seguir uma carreira esportiva e isso é muito importante”, comemora.

Foi em 2003 que Jane entrou para a Associação de Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO) e lá que teve o primeiro contato com o universo esportivo. "Fizeram uma campanha para que os associados pudessem experimentar alguns esportes e foi assim que tudo começou. Primeiro o tênis de mesa, depois, em 2015, me envolvi com o tiro com arco e conquistei minha primeira medalha. No mesmo ano, fiquei entre as dez melhores do mundo e conquistei o primeiro lugar nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Luta contra o câncer de mama

A decisão de mudar de esporte aconteceu em um período complicado na vida da paratleta. “Eu tive um câncer de mama e passei por momentos muito difíceis com tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Minha mãe também estava com câncer de mama na mesma época. A recuperação também não foi fácil e foi tudo muito sofrido para a nossa família. Quando descobri o câncer eu estava em um período de alto rendimento e tive que parar tudo”, relembra.

Depois de vencer a doença, a primeira experiência paralímpica de Jane na nova modalidade veio no ano seguinte. “Na modalidade de tiro com arco, minha primeira experiência em um paralímpico foi em 2016, no Rio de Janeiro. Foi super emocionante, até mesmo pelo pouco tempo de experiência na modalidade e garantir a vaga foi muito especial", conta. "A cada competição sinto que vou melhorando. Sou a atual recordista mundial indoor e tenho recordes nacionais. O importante é ver que os resultados estão vindo, pois é um motivo de orgulho e nos dá força para continuar neste caminho”, afirma.

Agora, o sonho da atleta brasileira é mais do que uma medalha paralímpica.“Trabalhamos muito duro. É a cereja do bolo", diz, em referência a uma vitória em Paris. "A gente sempre quer a parte mais alta do pódio. Então o sonho é esse, chegar lá. Esse é o objetivo. É para isso que estou lutando com todo sangue!”.

Sobre os competidores que vai enfrentar em Paris, Jane sabe que será uma disputa acirrada. “Todas elas que estão indo para Paris são grandes atletas. Realmente vai ser lá, na hora do tiro, que vamos saber como vai ser. Por isso que a gente está sempre tentando buscar o nosso melhor. Porque elas também atiram muito bem e vai valer quem estiver melhor naquele momento mesmo", avalia, antes de mandar um recado para a torcida: "Mandem energia forte, essa que todo brasileiro tem, a garra, a determinação que me dá essa força para eu seguir em frente e chegar lá! Quero trazer essa medalha para a gente: a medalha paralímpica!”

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A participação da atleta brasileira paralímpica de tiro com arco Jane Karla Rodrigues nos Jogos de Paris está confirmada. A arqueira de Goiânia vai representar o Brasil naquele que será o quinto paralímpico de sua carreira.

Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa

Exemplo de resiliência, a paratleta de 48 anos já havia conquistado a vaga para o Brasil no Mundial de Pilsen, na República Tcheca, em 2023, mas estava à espera da confirmação para Paris 2024.

“Segundo as regras colocadas no site da Confederação Paralímpica, eu tenho todas os requisitos necessários para ter a vaga. Eu tenho tudo o que é preciso depois de ter garantido a vaga para o Brasil no mundial em Pilsen, na República Tcheca. Foi um grande sonho, fiquei muito ansiosa, mas agora já estou mais tranquila porque com isso fica confirmado que estarei lá!“, comemora.

Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 serão realizados entre 28 de agosto e 8 de setembro e nesta reta final para o início da competição o treinamento de Jane continua intenso. “O que a gente está programando é participar ainda de competições do ranking mundial paralímpico que tenho pela frente, como na República Tcheca. Espero conseguir participar desta prova e ainda as competições aqui em Portugal, pois tem várias etapas do circuito nacional português. Eu quero tentar conciliar todas. Ainda tem a competição na Espanha que eu gosto muito de participar também”, enumera.

Ajustes e treinos antes de Paris 2024

Pela frente, Jane tem pelo menos cinco provas no calendário e com isso a chance de fazer os ajustes necessários antes de chegar em Paris. “Eu vou participando dessas provas, tentando ver o que pode melhorar e fazer a manutenção de equipamento. Tem muito ajuste fino ainda para ser feito”, explica.

Jane conta com o apoio do marido, Joachim Gogel, que também é o técnico da paratleta. “Ele faz a manutenção no meu equipamento. O que eu sinto que está estranho, ele dá uma olhada e tenta equilibrar. Agora estamos arrumando o arco novo, então tem que fazer o ajuste fino. Estamos fazendo estes ajustes até chegar no ponto, porque cada arco é específico para o atleta, então tem que achar o ponto certo que fica bom para você’, explica.

Nesta jornada paralímpica, Jane Rodrigues também conta com o programa Bolsa Atleta, do Governo Federal, que garante apoio financeiro aos atletas de alto rendimento que não têm patrocínio.

“O Bolsa Atleta faz toda a diferença", avalia. "A gente sabe que o início sempre é muito difícil e o projeto do Bolsa Atleta oferece apoio desde o estudantil até o mais alto nível e isso faz uma grande diferença na vida do atleta. Assim podemos nos dedicar mais ao esporte e temos uma possibilidade de participar das competições sabendo que podemos contar com este apoio”.

Com este auxílio, Jane consegue se dedicar 100% ao esporte. "É um auxílio muito importante, que faz uma diferença muito grande. Eu estou aqui na Europa e estou sempre em contato com outros atletas. Eu vejo a dificuldade que eles têm por não terem esse tipo de suporte. Então eu acho que o Brasil está bem na frente. É muito bacana isso e é um diferencial mesmo para o atleta. Você pode dedicar seu tempo todo ao esporte e não ter que dividir com o trabalho. É claro que no início, às vezes, não é um suporte absoluto, mas você tem condição de ir crescendo e melhorando cada vez mais, melhorando a bolsa e melhorando as possibilidades de competição”, aponta.

Poliomielite: "Nunca imaginei que o esporte faria parte da minha vida"

Aos 3 anos, Jane teve poliomielite, que deixou sequelas nos membros inferiores. “Perdi força e equilíbrio, mas a vida segue. Cresci, tive filhos, mas nunca imaginei a prática de esporte. Enquanto criança, nunca pratiquei atividades de educação física e ficava dentro da sala de aula, pois na época a mentalidade era outra. Nunca imaginei que o esporte faria parte da minha vida", conta.

"Hoje, as coisas mudaram muito com o Comitê Paralímpico e incentivos nas escolas, pois as crianças que têm alguma deficiência já sabem que podem praticar esporte e seguir uma carreira esportiva e isso é muito importante”, comemora.

Foi em 2003 que Jane entrou para a Associação de Deficientes Físicos do Estado de Goiás (ADFEGO) e lá que teve o primeiro contato com o universo esportivo. "Fizeram uma campanha para que os associados pudessem experimentar alguns esportes e foi assim que tudo começou. Primeiro o tênis de mesa, depois, em 2015, me envolvi com o tiro com arco e conquistei minha primeira medalha. No mesmo ano, fiquei entre as dez melhores do mundo e conquistei o primeiro lugar nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Luta contra o câncer de mama

A decisão de mudar de esporte aconteceu em um período complicado na vida da paratleta. “Eu tive um câncer de mama e passei por momentos muito difíceis com tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Minha mãe também estava com câncer de mama na mesma época. A recuperação também não foi fácil e foi tudo muito sofrido para a nossa família. Quando descobri o câncer eu estava em um período de alto rendimento e tive que parar tudo”, relembra.

Depois de vencer a doença, a primeira experiência paralímpica de Jane na nova modalidade veio no ano seguinte. “Na modalidade de tiro com arco, minha primeira experiência em um paralímpico foi em 2016, no Rio de Janeiro. Foi super emocionante, até mesmo pelo pouco tempo de experiência na modalidade e garantir a vaga foi muito especial", conta. "A cada competição sinto que vou melhorando. Sou a atual recordista mundial indoor e tenho recordes nacionais. O importante é ver que os resultados estão vindo, pois é um motivo de orgulho e nos dá força para continuar neste caminho”, afirma.

Agora, o sonho da atleta brasileira é mais do que uma medalha paralímpica.“Trabalhamos muito duro. É a cereja do bolo", diz, em referência a uma vitória em Paris. "A gente sempre quer a parte mais alta do pódio. Então o sonho é esse, chegar lá. Esse é o objetivo. É para isso que estou lutando com todo sangue!”.

Sobre os competidores que vai enfrentar em Paris, Jane sabe que será uma disputa acirrada. “Todas elas que estão indo para Paris são grandes atletas. Realmente vai ser lá, na hora do tiro, que vamos saber como vai ser. Por isso que a gente está sempre tentando buscar o nosso melhor. Porque elas também atiram muito bem e vai valer quem estiver melhor naquele momento mesmo", avalia, antes de mandar um recado para a torcida: "Mandem energia forte, essa que todo brasileiro tem, a garra, a determinação que me dá essa força para eu seguir em frente e chegar lá! Quero trazer essa medalha para a gente: a medalha paralímpica!”

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