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Um brasileiro na “fábrica do mundo”: empresário relata como abriu espaço em polo calçadista na China

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Após anos trabalhando para outras empresas que se instalavam na China, o brasileiro Ricardo Leite decidiu lançar seu próprio negócio. Quase duas décadas depois, ele viu o setor se transformar e, mesmo com vários concorrentes deixando a região em busca de zonas de produção mais baratas, conseguiu encontrar seu equilíbrio em solo chinês.

Silvano Mendes, enviado especial da RFI a Guangdong (China)

Dongguan, na província chinesa de Guangdong, é conhecida por já ter sido uma das cidades com o maior número de brasileiros da China. Vindos principalmente do Rio Grande do Sul, essa diáspora trabalhou durante muito tempo nas dezenas de fábricas de calçados da região, contratados graças a um know how adquirido no setor calçadista do Sul do Brasil.

Mas os tempos mudaram e muitos brasileiros deixaram a cidade. Alguns dizem que a pandemia de Covid-19 foi a responsável pela debandada verde-amarela, enquanto outros afirmam que os brasileiros foram aos poucos substituídos pelos chineses, que aprenderam rápido as técnicas de fabricação vindas da Serra gaúcha.

Ricardo Leite acompanhou esse movimento de perto. Ele chegou na China em 1999 trabalhando para empresas internacionais do setor calçadista que queriam se instalar no país asiático e acabou abrindo a sua própria fábrica, na qual já empregou muitos compatriotas.

"Chineses aprendem muito rápido"

“Eu cheguei a ter aqui na minha empresa 22 brasileiros. Mas aos poucos fui substituindo. O chinês aprende muito rápido e também tem outra visão de trabalho”, conta Leite. “Eles são vorazes por aprender e são empreendedores”, explica o empresário, que tem atualmente mais de 250 funcionários apenas na unidade de Dangguan, dos quais apenas um é brasileiro.

Além do desaparecimento do português nos corredores da Rival Design Studio, Leite foi testemunha de uma mudança estrutural no setor. A China é o principal produtor mundial de calçados e já chegou a ser responsável por mais da metade dos sapatos e tênis usados no planeta. Mas com salários mais altos e direitos trabalhistas mais controlados, muitas empresas estão deixando o país asiático em busca de locais onde o custo da mão de obra é mais baixo.

Além disso, como explica o brasileiro, as questões ambientais começam a pesar na balança, já que as autoridades locais incentivam aqueles que querem produzir de forma mais sustentável. “Eles querem criar uma indústria limpa”, resume Leite. “Uma sócia minha tinha uma licença num local e quis mudar sua fábrica, mas não conseguiu [uma nova] licença”, relata.

6 milhões de pares por ano: produção pequena para os padrões chineses

Hoje a empresa de Ricardo produz cerca de 6 milhões de pares de calçados por ano, um número impressionante visto de fora, mas considerado relativamente pequeno para os padrões chineses. A média anual de uma empresa de calçados do país é de 20 milhões de pares.

Mas essa foi uma escolha do empresário, que preferiu apostar em quantidades “menores” e produtos com maior valor agregado, respeitando uma série de regras. “A gente trabalha num nível de produto um pouco mais caro, não usa mão de obra infantil e controlamos todas as empresas [prestadoras]”, enumera Leite, que hoje fornece calçados para marcas internacionais como a americana DNKY ou a italiana Fila.

A receita parece ter dado certo, pois além da China, o brasileiro também produz em filiais ou empresas terceirizadas na Itália, Espanha, Portugal, Índia, e até no Brasil, além de estar preparando uma unidade na África, seu novo grande projeto. Leite se prepara para abrir uma fábrica na Etiópia, desta vez com uma vertente mais social, investindo em treinamento e capacitação de mão de obra local.

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Silvano Mendes, enviado especial da RFI a Guangdong (China)

Dongguan, na província chinesa de Guangdong, é conhecida por já ter sido uma das cidades com o maior número de brasileiros da China. Vindos principalmente do Rio Grande do Sul, essa diáspora trabalhou durante muito tempo nas dezenas de fábricas de calçados da região, contratados graças a um know how adquirido no setor calçadista do Sul do Brasil.

Mas os tempos mudaram e muitos brasileiros deixaram a cidade. Alguns dizem que a pandemia de Covid-19 foi a responsável pela debandada verde-amarela, enquanto outros afirmam que os brasileiros foram aos poucos substituídos pelos chineses, que aprenderam rápido as técnicas de fabricação vindas da Serra gaúcha.

Ricardo Leite acompanhou esse movimento de perto. Ele chegou na China em 1999 trabalhando para empresas internacionais do setor calçadista que queriam se instalar no país asiático e acabou abrindo a sua própria fábrica, na qual já empregou muitos compatriotas.

"Chineses aprendem muito rápido"

“Eu cheguei a ter aqui na minha empresa 22 brasileiros. Mas aos poucos fui substituindo. O chinês aprende muito rápido e também tem outra visão de trabalho”, conta Leite. “Eles são vorazes por aprender e são empreendedores”, explica o empresário, que tem atualmente mais de 250 funcionários apenas na unidade de Dangguan, dos quais apenas um é brasileiro.

Além do desaparecimento do português nos corredores da Rival Design Studio, Leite foi testemunha de uma mudança estrutural no setor. A China é o principal produtor mundial de calçados e já chegou a ser responsável por mais da metade dos sapatos e tênis usados no planeta. Mas com salários mais altos e direitos trabalhistas mais controlados, muitas empresas estão deixando o país asiático em busca de locais onde o custo da mão de obra é mais baixo.

Além disso, como explica o brasileiro, as questões ambientais começam a pesar na balança, já que as autoridades locais incentivam aqueles que querem produzir de forma mais sustentável. “Eles querem criar uma indústria limpa”, resume Leite. “Uma sócia minha tinha uma licença num local e quis mudar sua fábrica, mas não conseguiu [uma nova] licença”, relata.

6 milhões de pares por ano: produção pequena para os padrões chineses

Hoje a empresa de Ricardo produz cerca de 6 milhões de pares de calçados por ano, um número impressionante visto de fora, mas considerado relativamente pequeno para os padrões chineses. A média anual de uma empresa de calçados do país é de 20 milhões de pares.

Mas essa foi uma escolha do empresário, que preferiu apostar em quantidades “menores” e produtos com maior valor agregado, respeitando uma série de regras. “A gente trabalha num nível de produto um pouco mais caro, não usa mão de obra infantil e controlamos todas as empresas [prestadoras]”, enumera Leite, que hoje fornece calçados para marcas internacionais como a americana DNKY ou a italiana Fila.

A receita parece ter dado certo, pois além da China, o brasileiro também produz em filiais ou empresas terceirizadas na Itália, Espanha, Portugal, Índia, e até no Brasil, além de estar preparando uma unidade na África, seu novo grande projeto. Leite se prepara para abrir uma fábrica na Etiópia, desta vez com uma vertente mais social, investindo em treinamento e capacitação de mão de obra local.

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