Morning Gallo #0124: futuros em Wall Street operam em baixa em dia de resultados de Big Techs e PIB nos EUA

Morning Call by Allure Capital - Mercado Financeiro, Política, Geopolítica, História e Economia

As ações asiáticas tiveram mais um dia operando sem direção única, enquanto os futuros em Wall Street operam em baixas, com a perspectiva de um ritmo mais lento no aperto monetário proposto pelo Federal Reserve. Os investidores estão voltando seu foco para a temporada de balanços, que terá nesta quinta-feira um de seus dias mais movimentados, juntamente com a divulgação de dados econômicos importantes, como o PIB dos EUA.

As ações de mineração e energia são os destaques dos recém abertos mercados da Europa, à medida que o petróleo avança (Brent opera na casa dos US$ 103 o barril). Os papéis ligados à energia solar e outras energias limpas e renováveis ​​subiram depois que o senador dos EUA Joe Manchin e o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, fecharam um acordo sobre um projeto de lei de política tributária e energética.

A queda nos futuros em Wall Street sugere que o rali nos EUA pode ser interrompido nesta quinta-feira, com as ações de tecnologia caindo após seu maior salto desde novembro de 2020. As Big Techs Amazon.com, Apple e Intel são os destaques do dia, na temporada de balanços.

Nesta quarta-feira, o Fed elevou as taxas em 75 pontos base pelo segundo mês, afirmando que tal movimento é possível novamente e reiterando seu desejo de conter a inflação. O presidente Jerome Powell acrescentou que o ritmo dos aumentos diminuirá em algum momento e a política será definida reunião a reunião, após os recentes sinais de desaceleração econômica.

As apostas para as próximas reuniões de política do Fed implicam um pico de 3,3% para a taxa de juros no final do ano - pouco acima da faixa atual de 2,25% a 2,5%.

O ex-presidente do Fed de Nova York, Bill Dudley, disse que os mercados estão subestimando o quão longe o Fed irá para domar a maior inflação em décadas.
Também é aguardado para hoje um telefonema entre o presidente Joe Biden e o chinês Xi Jinping, que pode alterar algumas das tarifas de importação e outros pontos de tensão entre as duas super potências.
Por aqui, o governo deflagrou uma operação de bastidores para tentar convencer o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a adotar propostas das Forças Armadas sobre a segurança das urnas eletrônicas ainda nas eleições de outubro. Com o diálogo bloqueado entre o Ministério da Defesa e a atual presidência da Corte, ministros da ala política do Palácio do Planalto buscaram contato direto com o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente com Alexandre de Moraes, que comandará a Justiça Eleitoral durante a eleição.

O acordo é visto no governo como uma saída para evitar que reações de bolsonaristas descontentes fujam do controle no 7 de Setembro ou caso Bolsonaro perca a eleição. A busca de entendimento começou há poucos dias e inclui conversas com Moraes e outros ministros do STF. Os emissários do governo são os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Fabio Faria (Comunicações) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, acompanha as tratativas. Antes, a abordagem do governo era liderada por ele, pelo Ministério da Justiça e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Após declarações divergentes, Paulo Sérgio e o atual presidente do TSE, ministro Edson Fachin, pararam de se falar.

Moraes assume a presidência do TSE em 16 de agosto. Os governistas não têm esperança de acordo antes da troca, mas acham possível construir a saída para o impasse até o fim de agosto. Embora os dois ministros estejam alinhados na defesa das urnas, Moraes tem perfil político e trânsito com militares. Sob Fachin, o TSE já disse que as propostas da Defesa seriam consideradas apenas para eleições futuras.

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